“Conhece-te a ti mesmo…
…e conhecerás os deuses e o universo.” Muito conhecida na filosofia, essa é a frase completa de um aforismo grego atribuído ao sábio Tales de Mileto, inscrito na entrada do templo de Delfos construído em homenagem a Apolo, deus grego do sol, da beleza e da harmonia.
Máxima usada por inúmeros pensadores, entre eles Sócrates que, em visita ao templo, teria ouvido do oráculo que ele era o homem mais sábio que existia. A resposta de Sócrates se deu naquela que é provavelmente a sua frase mais conhecida: “Só sei que nada sei”; frase que ajudou a construir a base de sua filosofia.
Utilizo essa perspectiva histórico-filosófica, que nos aponta que o primeiro passo para o verdadeiro conhecimento é nos conhecermos a nós próprios, para fazer uma analogia com a capacidade de autoanálise de seu ambiente interno, por parte da organização.
Se a empresa deseja conhecer o mercado onde atua deve, em primeiro lugar, conhecer quem realmente ela é. O processo de autoconhecimento muda a forma como uma organização interage com o seu mercado, colaboradores, clientes, fornecedores e com as outras partes interessadas, abrindo a possibilidade para novas práticas e aprendizados.
A análise do ambiente interno contribui na orientação do pensamento estratégico organizacional ao identificar pontos fortes e oportunidades para melhorias, na medida em que toma consciência sobre suas qualidades e deficiências, ativos e competências, tanto existentes quanto a serem incorporados, definindo estratégias, novas formas de atuação e repensando o seu modelo de negócios.